Marisa sofreu de violência doméstica durante 14 anos, em silêncio. A família não sabia de nada do que se passava na sua relação abusiva e tóxica com o pai dos filhos. Chegou mesmo a ser esfaqueada. No Dois Às 10, a sua vida mudou.
No Dois às 10, conhecemos a história de Marisa, que sofreu de violência doméstica durante 14 anos, sem a família saber, recordando momentos muito traumáticos e violentos da relação com o pai dos filhos. «A gota de água foi quando ele me esfaqueou», contou Marisa, numa reportagem muito forte. Partilhou ainda com Maria Botelho Moniz e Cláudio Ramos, um momento que a traumatizou: «Empurra-me... Bato de frente no chão e parto os meus dentes». Foi neste momento que, para sua grande surpresa, o Doutor João Espírito Santo, que assistiu a partir da sua clínica à entrevista, surpreendeu a vítima de violência doméstica em direto, com um telefonema, para lhe mudar a vida! Veja o momento aqui e também o outro lado da chamada telefónica, que não viu na televisão:
Contudo, o mais chocante relatado pela vítima, foi quando revelou ter tido pessoas à sua volta a apontar-lhe o dedo, por estar separada do marido e com filhos, quando resolveu pedir ajuda. Ouviu comentários como: «É porque ela lhe fez alguma coisa». Veja o momento:
Como se não bastasse, Marisa revelou não ter recebido apoio por parte da polícia. «Cheguei a ter medo da polícia», disse, acrescentando: «A polícia dizia que eu ia perder a casa, os filhos, tudo (...) que era melhor voltar para ele (...) Ele não ia fazer mais nada». Mostrou-se revoltada com o facto de as vítimas de violência doméstica que fazem queixa, não receberam o auxílio devido: «As vítimas de violência doméstica que fazem queixa são as que morrem! Onde está o apoio a essas mulheres?»
Em lágrimas com história de violência doméstica da mãe, a filha de Marisa entra em direto no estúdio para abraçar a mãe. Veja este momento emocionante:
Conheça toda a história:
Recorde ainda que já tínhamos conhecido histórias marcantes, como de Silvano, que viu o filho de 8 anos morto na autoestrada, a de Samantha Lecathelinas, que viu a mãe tomar comprimidos, e Márcia, cujo avô se enforcou.
Recorde também a história de Cláudia, que foi violada duas vezes aos 6 anos, com pessoas a assistir: «Nunca procurei ajuda psicológica».