Já fez LIKE no TVI Notícias?

Setúbal: perigo ainda existe

Relacionados

Moradores vão poder entrar hoje em casa para recuperar alguns bens. Sábado a operação foi interrompida por motivos de segurança, mas automóveis foram retirados da garagem. «Ainda pode acontecer o colapso parcial do edifício», admite protecção civil. Veja o medo de quem sentiu a explosão muito perto

[Artigo actualizado às 14h52]

Os moradores dos pisos superiores do prédio de Setúbal onde quinta-feira se registou uma explosão vão este domingo retirar alguns dos seus bens, depois de sábado terem sido retirados os automóveis que se encontravam nas garagens, na cave do edifício, escreve a Lusa.

PUB

No sábado cerca de 70 por cento dos moradores do edifício, que tem 48 fogos e várias lojas, já tinham conseguido entrar nas suas casas, mas a operação foi suspensa temporariamente devido ao perigo de colapso de uma viga dos últimos andares do prédio, que ficou bastante danificada na sequência da explosão.

Cada morador tem de entrar acompanhado por uma equipa com dois bombeiros e um polícia e só depois de assinar um termo de responsabilidade.

A explosão, que ocorreu quinta-feira, pelas 18:35, num prédio de 13 andares da Praceta Afonso Paiva, em Setúbal, causou cerca de 40 feridos ligeiros, 13 dos quais receberam tratamento hospitalar, mas já todos tiveram alta.

Provocou também danos significativos nos últimos quatro andares do edifício, do nono ao décimo terceiro pisos.

90 por cento seguro

Já este domingo o comandante distrital da protecção civil de Setúbal revelou que a primeira fase do escoramento do prédio onde ocorreu quinta-feira uma explosão está concluída e que a segurança do imóvel está garantida a «90 por cento».

PUB

«Acreditamos que a segurança do prédio está garantida a 90 por cento, mas ainda falta a consolidação estrutural da laje da cobertura do 12º andar», disse Alcino Marques, em conferência de imprensa.

O responsável da Protecção Civil lembrou que os pilares que sustentam a laje da cobertura estão «ofendidos» e que perderam consistência, pelo que ainda subsiste algum perigo de derrocada dos três últimos andares, mas acrescentou que o problema deverá estar resolvido até segunda-feira.

Questionado pela Lusa, Alcino Marques disse que já todos os moradores tiveram possibilidade de retirar alguns dos haveres que tinham nos respectivos apartamentos e admitiu a possibilidade de lhes permitir novo acesso para retirarem mais alguns bens pessoais.

Alcino Marques referiu ainda que a Protecção Civil vai permanecer no local até que esteja garantida a segurança total do prédio, altura em que a governadora civil de Setúbal, Eurídice Pereira, deverá declarar o fim do período de alerta que declarou na passada sexta-feira.

PUB

Quem paga as obras?

Logo que seja declarado o fim do período de alerta, todas as obras serão da responsabilidade e a expensas dos moradores do prédio ou das companhias de seguros.

«A remoção dos escombros e a reconstrução do prédio terá de ser efectuada pela administração do condomínio; já não é responsabilidade da Protecção Civil», esclareceu Alcino Marques.

Por sua vez, a directora do Centro Distrital de Segurança Social de Setúbal, Fátima Lopes, revelou que das 160 pessoas que beneficiaram de apoio, em termos de alojamento e alimentação, cerca de cem já prescindiram dessa ajuda.

«Cerca de uma centena de pessoas já prescindiram da nossa ajuda, embora tenhamos alguns pedidos de apoio pontual, designadamente para aquisição de sofás-cama, para se acomodarem em casa de familiares e amigos», disse Fátima Lopes.

PUB

Relacionados

Últimas