G20: «Europa recusa receber lições de democracia» - TVI

G20: «Europa recusa receber lições de democracia»

Líderes europeus estão reunidos no México para debater problemas da Europa. Durão deixa recado aos restantes parceiros

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O presidente da Comissão Europeia disse esta segunda-feira que a União Europeia não está no México para receber lições em termos de democracia ou de gestão económica dos seus parceiros do G20, alguns dos quais nem são democracias.

«Na Europa somos democracias. Nem todos os membros do G20 são democracias. Tomamos decisões democraticamente, o que significa às vezes que leva mais tempo, porque somos uma União de 27 democracias e temos de encontrar o consenso necessário. E, francamente, não vimos aqui para receber lições em termos de democracia ou como gerir a economia, porque temos um modelo de que temos muito orgulho», disse, no mesmo dia em que anunciou que a missão da troika vai a Atenas assim que o novo governo for formado. Algo que, de acordo com o líder do Pasok, Evangelos Venizelos, poderá acontecer já amanhã.

Durão Barroso falava numa conferência de imprensa conjunta com o presidente do Conselho Europeu, Herman van Rompuy, antes do início de uma cimeira do G20 que será dominada pela crise da dívida soberana na Zona Euro. Isto depois de ontem a Grécia ter dado o seu voto de confiança à Nova Democracia (partido vencedor das eleições) para liderar Atenas, adiando assim um problema que já dura há muito, numa altura em que os mercados se viram para Espanha.

Respondendo a uma questão de um jornalista canadiano, que instou Durão Barroso a justificar por que razão haveria a América do Norte de ajudar a Europa e pôr em risco os seus bens, o presidente do executivo comunitário lembrou que «esta crise não foi originada na Europa» mas sim, precisamente, na América do Norte, tendo «boa parte do setor financeiro europeu sido contaminado por práticas em nada ortodoxas de alguns setores dos mercados financeiros».

«Mas não estamos aqui para pôr as culpas nos nossos parceiros», sendo antes o desejo da Europa trabalhar em conjunto e de forma coordenada com os outros membros para superar a crise, apontou.
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