Para o deputado do Partido Comunista Honório Novo o Orçamento do Estado (OE) para 2011 «faz parte de uma ficção, de uma mentira».
Porquê? «O défice de 2010 não vai ser, pelo menos, de 8,3% porque o primeiro-ministro vai integrar o Fundo de Pensões da PT, uma empresa privada, e utilizar receitas extraordinárias de 2.600 milhões de euros», acusou Honório Novo.
«O primeiro-ministro martelou as contas públicas de 2010», concluiu o deputado comunista, para quem, «submarinos à parte», o Governo procura «esconder buracos, até agora não devidamente explicados, no Serviço Nacional de Saúde, nas Estradas de Portugal e nas transferências do poder local e nas regiões autónomas».
Honório Novo classificou a proposta do OE2011 como «um orçamento dos banqueiros», apontando o dedo tanto para o PS como para o PSD, acusando-os de estarem de acordo com o congelamento das pensões e reformas, com «cortes cegos no investimento público» e de «desejarem ardentemente prosseguir e acelerar a privatização de empresas públicas que garantam lucros».
Contas feitas, com o «aumento injusto dos impostos», o peso da carga fiscal passa de 29,8% (em 2009) para 39,2% do total das receitas fiscais».
O deputado comunista rematou o seu discurso, no púlpito da Assembleia da República neste que é o primeiro dia de discussão do OE, a apontar que «nas áreas fundamentais do Estado Social» - Segurança Social, Saúde, educação e ensino superior - o Governo «dá uma machadada de mais de 2.835 milhões de euros» no Estado Social.
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«Sócrates martelou as contas públicas de 2010»
- Ana Rita Leça
- 2 nov 2010, 16:49
Para Honório Novo, o défice real deste ano é de, «pelo menos», 8,3 por cento
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