Fechar Portela é «tiro no pé» - TVI

Fechar Portela é «tiro no pé»

Novo aeroporto

Carmona Rodrigues defende aeroporto, mais pequeno, em Lisboa

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O actual vereador da Câmara Municipal de Lisboa e antigo ministro das Obras Públicas no executivo de Durão Barroso, Carmona Rodrigues, apresentou um «estudo» realizado pelo movimento que o apoiou na campanha para a autarquia, que defende a manutenção de um aeroporto, dedicado aos voos de negócio e turismo, na capital do pais.

Se a escolha de Alcochete para receber o Novo Aeroporto de Lisboa (NAL) «foi uma boa decisão do Governo» para o vereador independente, o mesmo não acontece com o «encerramento» definitivo do aeroporto da Portela. «Não aproveitar esta oportunidade seria um grande tiro no pé», defende.



Portela está mesmo esgotada?

Sócrates decidiu. e agora?



"Portela" mais pequena

No entanto, Carmona Rodrigues não defende a manutenção de uma estrutura aeroportuária à actual. «A Portela como um "aeroporto de cidade" é desejável e essencial para Lisboa», garante. «É possível ter um aeroporto que satisfaça voos domésticos europeus, voos de negócios e voos particulares. Seria como complemento do outro aeroporto, por exemplo, "um + Portela"», explica.

No trabalho apresentado esta terça-feira aos jornalistas, o vereador independente revelou que dos «510 hectares afectos à Portela, um "aeroporto de cidade" precisaria apenas de 210 hectares. Os restantes terrenos podiam ser desafectos e reconvertidos para outros usos», diz Carmona. Mas o ex-ministro das Obras Públicas de Durão Barroso defende que o uso dado a esses terrenos também «deve ser estudado».

Aeroportos diferentes

Para Carmona Rodrigues o aeroporto de Alcochete e o aeroporto que ficasse em Lisboa «teriam características diferentes e serviriam mercados complementares».

Conhecedor do assunto «pela ligação à Câmara de Lisboa e pelo papel de ministro no governo de Durão Barroso», Carmona Rodrigues diz saber bastante sobre o tema. Enquanto foi ministro garante que nunca se reviu na localização da Ota e sempre considerou um erro fechar a Portela. «Fui muito criticado quando afirmei, em Maio de 2003, que a Ota não era uma prioridade e estava congelada», lembra. Por isso, também decidiu avançar com a linha do metropolitano até ao aeroporto de Lisboa.

O estudo vai ser agora entregue às restantes forças políticas da câmara Municipal de Lisboa, ao ministro das Obras Públicas Mário Lino e ao primeiro-ministro José Sócrates. Recorde-se que esta quarta-feira a autarquia da capital tem uma reunião extraordinária para debater o trabalho de Laboratório Nacional de Engenharia Civil tornado público a semana passada.
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