Passos revela a «agenda escondida» do PSD - TVI

Passos revela a «agenda escondida» do PSD

Líder apresentou um programa eleitoral que diz ser «claro» e deixou um desafio a Portas

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Passos Coelho respondeu este domingo a José Sócrates, na apresentação do programa eleitoral do PSD, afirmando que «não tem agendas escondidas». Passos deu finalmente o passo que há muito os socialistas pediam e apresenta-se às eleições com um programa que diz ser claro e que não será «indiferente à maior parte dos portugueses».

O líder do PSD apresentou um programa em pormenor que prevê muitos cortes no Estado, alguns que há muito são pedidos em Portugal. Foi por isso mesmo que Passos Coelho não se coibiu de afirmar que este é um programa que «muitos não gostarão».

«Mas muitos mais, estou convencido, verão nas propostas que apresentamos, na ousadia que temos, a derradeira oportunidade de escapar a este círculo vicioso de empobrecimento». Nesta sua intervenção, aberta à comunicação social, o presidente do PSD contou que muitos lhe perguntaram: «Passos Coelho, tem a certeza que quer ir a esse detalhe no programa, que se quer comprometer com uma solução tão bem desenhada, não prefere deixar isso para depois, para o programa de Governo?».

«O PSD não tem agendas escondidas. O programa que aqui apresentamos pode não agradar a alguns sectores, mas é aquele que achamos que vale a pena defender, para que valha a pena ganhar as eleições e transformar Portugal», afirmou.

O social-democrata virou depois a agulha e chamou ao seu discurso o programa imposto pela troika , contestando a ideia de que, com o programa de ajuda externa a Portugal, todos estão «condenados a fazer a mesma coisa» se forem para o Governo. «Nós não somos todos iguais», disse.

Para Passos Coelho, as legislativas de 5 de Junho são também uma escolha entre «personalidades, porque a personalização da política é importante». «Não basta, por isso, anunciar intenções, é preciso ter credibilidade para as poder executar», concluiu.

O presidente do PSD assumiu então que vai lutar «por uma maioria absoluta», reafirmando que não vai «fazer um Governo com o PS», defendendo que para «mudar a sério» Portugal «não é possível mais misturas», apesar de admitir coligações com o CDS-PP.

Um aproximação a Paulo Portas que no entanto não chega sem um ataque, ainda que indirecto. Passos desafia «os outros dirigentes e aos outros líderes partidários» que digam com quem estão dispostos a governar.

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