Medicamentos mais baratos levam inflação a desacelerar em Outubro - TVI

Medicamentos mais baratos levam inflação a desacelerar em Outubro

Medicamentos mais baratos levam inflação a desacelerar em Outubro

A taxa de inflação portuguesa situou-se nos 2,7% em Outubro deste ano, desacelerando face aos 2,8% do mês anterior. Em termos mensais, os preços subiram 0,5%, o que deixa a média dos últimos 12 meses em 2,3%. Os medicamentos mais baratos contribuíram para atenuar o crescimento dos preços.

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Em termos homólogos, o indicador que exclui a variação dos preços dos produtos energéticos e dos bens alimentares não transformados manteve a variação homóloga já registada em Setembro, de 2%, valor inferior em sete décimas à do Índice de Preços no Consumidor (IPC) geral.

O Instituto Nacional de Estatísticas destaca o aumento dos preços na Educação (8%), Transportes (7,5%), Bebidas alcoólicas e tabaco (5,3%) e Habitação, água, electricidade, gás e outros combustíveis (4,6%). No entanto, os Transportes e a Habitação, devido ao maior peso no índice, foram os que mais contribuíram para a variação homóloga do IPC: os Transportes foram responsáveis por 51% do aumento e a Habitação por 16%.

No mês em análise, à excepção dos Produtos alimentares e bebidas não alcoólicas e das Comunicações, as restantes classes registaram contribuições positivas ou marginalmente nulas para a variação do índice total.

Vestuário e Educação custam cada vez mais

Já em termos mensais, o INE destaca as subidas nos preços do Vestuário e calçado (5,6%) e da Educação (4,7%), motivadas respectivamente pela entrada no mercado de novas colecções e pela actualização de preços inerente ao início do novo ano lectivo, designadamente no ensino superior. «O Vestuário e calçado contribuiu de forma decisiva para o resultado global alcançado no mês em análise, justificando cerca de metade da variação total do índice», esclarece ainda o Instituto.

Especial destaque merecem «o aumento dos preços do gás e evoluções de natureza sazonal, nomeadamente o aumento dos preços dos combustíveis sólidos por um lado, e a diminuição dos preços das férias organizadas e dos serviços de alojamento por outro.

A redução de 0,7% nos preços dos produtos farmacêuticos, devido à redução das margens de comercialização dos intervenientes no sector, e tendo em conta o elevado peso que têm no global da despesa, impediu uma maior subida da inflação mensal. No entanto, «a existência de stocks a preços anteriores às alterações acima referidas poderá ter acomodado em parte o impacte na variação de preços desse subgrupo», acrescenta o INE.

Em termos harmonizados, que permitem uma comparação com a inflação dos parceiros da Zona Euro, a inflação homóloga situou-se em 2,6%, ficando a taxa mensal em 0,4% e a média dos últimos 12 meses em 2,1%.
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