Apito: Morgado processa Ana Salgado - TVI

Apito: Morgado processa Ana Salgado

Irmã-gémea de Carolina arguida por crime de difamação agravada

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A irmã-gémea de Carolina Salgado foi constituída arguida na sequência de uma queixa-crime apresentada por Maria José Morgado.

De acordo com informações recolhidas pelo PortugalDiário, a procuradora-geral adjunta considera ter sido vítima de um crime de difamação agravada.

O processo está pendente no Departamento de Investigação e Acção Penal do Porto (DIAP) e Ana Maria Salgado foi ouvida na terça-feira da semana passada, altura em que também foi constituída arguida na sequência de uma queixa idêntica apresentada pelo inspector da PJ, Sérgio Bagulho, que integra a equipa de coordenação do «Apito Dourado».

Contactado pelo PortugalDiário o advogado de Ana Maria Salgado, Pedro Alhinho, limitou-se a confirmar a informação e a adiantar que a arguida ficou apenas sujeita a Termo de Identidade e Residência.

No depoimento que prestou no DIAP do Porto, a 27 de Junho de 2007, a irmã-gémea denunciou ligações suspeitas entre elementos da Equipa de Coordenação do Apito Dourado e Carolina Salgado.

Morgado «telefonava a Carolina» a anunciar as acusações

Ana Maria referiu que Maria José Morgado «telefonava a Carolina sempre que tinha sido deduzida uma acusação, dando-lhe conta disso» e que «ouviu um telefonema desta magistrada» para a antiga companheira de Pinto da Costa, na altura em que a procuradora-geral adjunta terá sabido que Carolina «estava psicologicamente em baixo», «dando-lhe força para continuar».

Na versão de Ana Maria, o inspector Sérgio Bagulho «treinava a Carolina para prestar depoimento, chegando ao ponto de fazer referência sobre quem tinha bebido Coca-Cola e cerveja e sobre quem tinha comido filetes e linguado».

Numa dessas conversas a que terá assistido, a 4 de Junho de 2007, Ana Maria garante que a irmã corrigiu um depoimento (primeiro afirmou ter visto dois árbitros numa marisqueira de Matosinhos e depois alterou para quatro), após o inspector Bagulho lhe ter feito «sinal com piscar de olhos».

O crime de difamação agravada é punido com pena de prisão até nove meses ou multa até 360 dias.

Refira-se que as declarações de Ana Maria motivaram a abertura de um inquérito, dirigido pelo procurador-geral adjunto Agostinho Homem, para esclarecer as circunstâncias em que a irmã-gémea produziu estas declarações.

Ana Maria receia o líder da claque SuperDragões

A equipa de coordenação do «Apito Dourado» decidiu recentemente atribuir segurança pessoal à irmã-gémea de Carolina, na sequência de um depoimento por esta prestado no processo das agressões ao antigo vereador Ricardo Bexiga.

Na altura em que prestou depoimento, a 28 de Setembro, Ana Maria referiu, após ter sido questionada pelo Ministério Público, «que toda esta situação em que se viu envolvida a deixou com algum medo e receio, tendo recebido telefonemas anónimos com uma assiduidade diária e nas quais ninguém fala».

No processo que o PortugalDiário consultou, a antiga cunhada de Pinto da Costa admite ter receio, designadamente, do líder da claque dos SuperDragões, Fernando Madureira, solicitando desse modo «protecção policial», temendo «pela sua integridade física e daqueles que lhe são próximos».

Ana Maria afirmou neste depoimento, «sempre com base naquilo que a irmã lhe contou» que «o serviço», agressão a Bexiga, «terá sido efectuado pelo Fernando Madureira, acompanhado de um segundo indivíduo, segurança na noite do Porto».
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