A denúncia parte do Sindicato dos Trabalhadores do Grupo Portugal Telecom (STPT), que está «preocupado com a excessiva carga regulatória». Segundo a estrutura, é isto que está a «colocar em risco a sustentabilidade da rede fixa, a prazo», e a contribuir «para a redução drástica» da quantidade dos postos de trabalho.
Por isso, ontem o STPT reuniu-se com a Anacom e deixou claro que o tipo de regulação que está a ser seguido «não serve os consumidores, os cidadãos, nem sequer o país e os trabalhadores do sector».
Estes mostraram-se atentos ao actual regime regulatório que, segundo os mesmos, «prejudica a manutenção do investimento necessário em infra-estruturas de rede básica do país, podendo a prazo, não muito longo, tornar insustentável a manutenção da rede fixa com a consequente eliminação da sociedade de informação», adiantam em comunicado.
Para estes, «a deterioração da rede fixa, existente no nosso país, é evidente», e neste sentido, a «Portugal Telecom mostra incapacidade de manter o investimento necessário na manutenção e renovação da rede».
Garantem que a culpa é «das condições de acesso dos concorrentes à rede PT muito facilitadas, da entrada de operadores sem infra-estruturas alternativas e com ofertas agressivas, do aumento dos custos de manutenção da rede fixa e da impossibilidade de resposta comercial e progressiva deterioração da rede e o consequente aumento de custos».
O STPT vai mais à frente e acusa a Anacom para este cenário que dizem causar também uma «consequente perda de qualidade dos serviços prestados aos consumidores».
«A realidade é que, o excesso de regulação sem paralelo a nível europeu, imposto pela Anacom, está a criar uma concorrência artificial assente em modelos sem infra-estrututras e sem investimento», concluem.
Fonte oficial da operadora portuguesa garantiu à «Agência Financeira», que a Portugal Telecom «não comenta para já» estes números.
PT cortou 38% dos trabalhadores nos últimos 5 anos
- Carla Pinto Silva
- 2 ago 2007, 12:43
A Portugal Telecom (PT) reduziu, nos últimos cinco anos, cerca de 38% dos postos de trabalho. Uma percentagem superior à média europeia, que ronda os 22%.
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