Inovação, revolução e surpresa marcaram o BB e, Mafalda Castro, conversou com várias pessoas que estiveram ligadas ao aparecimento do programa no início da década de 2000.
José Eduardo Moniz, ex-diretor de programas da TVI, recordou que na altura todas as apostas do canal iam para o formato, ainda que com algum receio relativamente à receptividade dos telespectadores a este programa que viria a revolucionar a privacidade e até mesmo a sociedade portuguesa.
Teresa Guilherme, apresentadora de todas as anteriores edições, explicou os motivos que a levaram a aceitar o desafio de ser a cara do programa: por ser pioneiro em televisão e polémico em alguns sentidos, não fosse ele um espelho da «novela da vida real».
Para José Eduardo Moniz, a TVI sempre foi conhecida por estar no meio das pessoas e, por isso, o programa ajudou a que isso acontecesse e não tem dúvidas de que foi este formato que fez da estação o que ela ainda o é hoje.
Também Paulo Bastos e José Carlos Araújo, rostos incontornáveis da informação da estação, garantem que ainda agora sentem fazer parte da família e nenhum dos dois tem interrogações de que o programa mudou para sempre a interação do espectador com os programas de televisão. Até mesmo as passagens de Ano se tornaram diferentes não só em termos televisivos, com o anúncio do vencedor depois da meia noite, mas também dentro dos lares portugueses que ficavam ansiosos por descobrir se o seu favorito obtinha o melhor lugar no meio de todos os finalistas.
No fim, nenhum dos rostos tem dúvidas de que existe uma televisão antes e depois do «big brother». Esse é ponto assente.