Recessão em Portugal pode ser inferior aos 3% em 2012 - TVI

Recessão em Portugal pode ser inferior aos 3% em 2012

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BBVA reconhece que economia portuguesa continua a enfrentar «muitos e graves problemas»

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A recessão económica em Portugal pode ficar abaixo das previsões mais pessimistas, de cerca de 3 por cento, mas o país continua a enfrentar «muitos e graves problemas», disse à Lusa o economista chefe para a Europa do BBVA.

Miguel Jimenez, economista chefe para a Europa do BBVA declarou-se «bastante impressionado» com as medidas que o Governo está a tomar, «que custam muito a tomar noutros países e em Portugal estão a tomar-se bastante rápido».

Mas relembrou que o impacto das reformas só se fará sentir na competitividade e no crescimento «a médio prazo» o que não ajudará, portanto, a situação actual.

«Não podemos esperar um impacto rápido este ano para que não tenhamos uma recessão muito clara, que todos prevêem mais ou menos de menos 3 por cento do PIB. Somos mais optimistas e talvez não se chegue tão baixo», considerou.

Ainda assim, considerou «importante que as reformas se tenham feito, porque o potencial de crescimento de Portugal que tem sido de cerca de 1 por cento nos últimos anos, pode aumentar rapidamente».

«Portugal tem um rendimento per capita mais baixo que a Zona Euro e, por isso, é expectável que cresça mais que a Zona Euro. O lógico é que haja mais convergência», disse.

Considerando que Portugal tem «muitos problemas e problemas muito graves», Jimenez referiu-se à dívida pública e à falta de competitividade, «demonstrado por um défice muito elevado de conta corrente», algo difícil de corrigir rapidamente.

«Realizar um ajuste no défice, baixando de 8 a 3 por cento em dois anos, é muito duro, especialmente com uma recessão», disse.

«Tudo isto junto faz com que a confiança não chegue. E depois a Europa também não ajuda. O facto de que a governação europeia não dê uma solução e não restaure a confiança nas dívidas soberanas também não ajuda», disse.

De quem Portugal também não deve esperar muito apoio é de Espanha, tanto como mercado destino de exportações como de origem de investimento, dadas as dificuldades que Espanha também enfrenta.
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