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Cátia Basílio recorda aborto aos 17 anos: «Tinha esperneado no chão. Quando fui à casa de banho tinha lá um feto»

  • 20 out 2022, 18:04
Cátia Basílio recorda aborto aos 17 anos: «Tinha esperneado no chão. Quando fui à casa de banho tinha lá um feto» - Big Brother

Cátia Basílio partilhou a sua curva da vida, no programa «Goucha» desta quinta-feira.

Cátia Basílio esteve esta quinta-feira no «Goucha», onde foram partilhadas imagens inéditas da sua curva da vida, que não chegaram a ser mostradas no «Big Brother», uma vez que a concorrente acabou por ser expulsa, no passado domingo. 

A ex-concorrente começou por falar na morte do pai, quando Cátia tinha apenas 11 anos. «O meu pai faleceu, eu nesse dia não me despedi porque achava que ele ia voltar», disse na curva da vida. A Manuel Luís Goucha, Cátia Basílio contou depois como tudo aconteceu. 

«O meu pai era saudável, morreu de morte súbita. Nesse dia em que ele faleceu, eu estava sentada nas escadas do prédio e ele aparece com a ambulância a perguntar pela minha mãe e eu disse que ela tinha ido lanchar. E ele disse “então anda aqui para o pé do pai” e eu não fui. “Logo à noite estás em casa a jantar e dás-me carinho", respondi», contou. 

Cátia Basílio continuou: «Ele foi e por volta das 20h da noite tocam à campainha e eram os bombeiros a subir com o meu padrinho e nós nunca pensámos que o meu pai tinha falecido, pensámos que tinha sido um acidente. O meu padrinho disse “aconteceu uma coisa forte ao Carlos” e foi quando ele disse que tinha falecido». 

«A minha mãe não teve perceção. O meu irmão Rúben reagiu bastante mal, fechou-se no quarto e passado uma hora a minha casa encheu-se de pessoas. Fecharam-me dentro do quarto, a mim e aos meus irmãos. E a minha mãe não estava em si, tiveram de lhe dar muitos calmantes», explicou.

A ex-concorrente falou do período difícil após a morte do pai. «Foi bastante complicado porque ele era o nosso suporte, a minha mãe não trabalhava. Nós íamos ao lixo, desfiávamos o cobre para vendermos, porque chegávamos ao final do mês e já não tínhamos dinheiro», desabafou. 

Aos 13 anos, Cátia viveu outro período menos bom. «A minha mãe conheceu uma pessoa, que teve com ele até aos meus 18 anos. Ele era alcoólico e passámos por momentos não muito bons. Hoje sou uma pessoa ansiosa porque sabia que quando ele chegasse a casa ia haver discussão, maus-tratos psicológicos, físicos nunca houve, exceto na altura da separação». 

Mas o pior estava para chegar. «Aos 17 anos, sem saber que estava grávida tive um aborto espontâneo. Tinha discutido muito com o meu ex-padrasto, tinha esperneado no chão. Quando fui à casa de banho vi que tinha lá um feto e não me senti de todo bem durante muito tempo», contou na curva da vida. 

«Depois passado uns anos contei à minha mãe, agarrou-se a mim e disse para eu não ficar triste porque sem dúvida alguma ele e o meu também, estavam no céu a olhar por mim e que eu ainda ia ser muito feliz», disse visivelmente emocionada. 

Cátia lamentou o sucedido. «Provavelmente se tivesse tido era o meu melhor amigo neste momento. E eu digo sempre que o meu maior sonho é ser mãe e é algo em que eu penso», disse a Manuel Luís Goucha, acrescentando: «Não me culpo a mim, mas culpo a pessoa com quem tive a discussão, porque se calhar se não tivesse dito, ele estava aqui junto a mim». 

Na curva da vida, Cátia recordou ainda a doença da mãe. «Antes dos 18 anos a minha mãe descobriu um tumor que ainda está no cérebro. Tivemos as duas um momento muito marcante, quando eu lhe cortei o cabelo e acho que foi isso que nos uniu ainda mais». 

«Descobrimos que ela tinha lúpus também e isso fez com que ganhássemos ainda mais força uma com a outra. Ela é o meu maior exemplo de mulher, de mãe, de pessoa. Eu ia constantemente todos os dias dar um beijo à minha mãe, com medo de chegar a casa e já não a ter lá», concluiu. 

 

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