Já fez LIKE no TVI Notícias?

Menezes fecha porta a Isaltino e Valentim

Relacionados

Entrevista: líder promete mudar o Estado e confessa admirar Sarkosy

O líder social-democrata, Luís Filipe Menezes, admite que neste momento «não existem condições políticas» para o regresso de Isaltino Morais e Valentim Loureiro ao PSD, apesar de defender que ninguém deve ser condenado antes de ser julgado.

Em entrevista ao semanário Expresso, questionado sobre se gostava de ver os autarcas de Oeiras e Gondomar de volta ao partido, Luís Filipe Menezes não responde directamente mas admite que actualmente não existem condições políticas para o regresso.

PUB

«Ninguém deve ser condenado antes de ser julgado. Mas penso que, neste momento, não existem condições políticas para eles regressarem», afirma Luís Filipe Menezes.

Isaltino Morais e Valentim Loureiro saíram do PSD em 2005, depois do então líder do partido, Luís Marques Mendes, ter recusado apoiar as suas candidaturas às Câmaras de Oeiras e Gondomar nas eleições autárquicas, alegando que não tinham a «confiança política» do partido.

Isaltino Morais e Valentim Loureiro, arguidos em processos judiciais, acabaram por se candidatar como independentes e ganhar as eleições em Oeiras e Gondomar, derrotando os candidatos oficialmente apoiados pelo PSD.

Mudar o Estado em «meia dúzia de meses»

Na entrevista ao Expresso, Luís Filipe Menezes reitera a sua proposta de reduzir o peso do Estado, prometendo que, se ganhar as eleições legislativas em 2009, irá «liberalizar a legislação laboral», argumentando que não é possível ter o «melhor de dois mundos».

Além disso, acrescenta, promete ainda fazer uma «aposta radical» de, em «meia dúzia de meses», «desmantelar de vez o enorme peso de o Estado tem e que oprime as pessoas». Ainda no âmbito da redução do peso de Estado, o líder social-democrata volta a defender privatizações nas áreas do ambiente, comunicações, transportes e portos.

PUB

Na saúde, educação e segurança social, Luís Filipe Menezes insiste na proposta de pôr fim ao «monopólio» do Estado, preconizando a contratualização com os privados.

Fã de Sarkosy

«A única maneira de salvar o Estado Social é acabar com o tabu de que o Estado deve ser o único a prestar serviços», salienta. A este propósito, Luís Filipe Menezes defende também que «começa a haver condições para fazer rupturas», voltando a apontar o exemplo do presidente francês, Nicolas Sarkozy.

«Ele ganhou porque foi forte, teve propostas claras, fracturantes, mobilizadoras e pôs os que estavam contra ele de um lado da barricada e os que estavam com ele do outro», refere.

Quanto à regionalização, o líder social-democrata admite que não ficaria «chocado» em retirar da Constituição a obrigatoriedade da realização de um referendo sobre esta questão.

Luís Filipe Menezes, que já afastou a possibilidade do PSD concorrer às legislativas de 2009 coligado com o CDS-PP, adianta ainda que, desde que chegou à liderança dos sociais-democratas, ainda não falou com o líder dos democratas-cristãos.

PUB

Investigação criminal fora da PSP e GNR

Na entrevista ao Expresso, outro dos assuntos focados é a insegurança, com o líder social-democrata a defender igualmente «fracturas» nesta área. «Existe uma concepção errada da política de combate ao crime e nós vamos fazer fracturas», promete, defendendo que a investigação criminal deverá voltar a ficar concentrada na Polícia Judiciária, remetendo para a PSP e GNR a segurança das pessoas no «quotidiano».

«A PJ deve ver reforçada a sua identidade. É errado estarmos a discutir a figura do coordenador dos serviços de segurança e investigação criminal, quando não devia haver nada para coordenar. Tudo devia estar concentrado na Polícia Judiciária», salienta.

Na entrevista, Luís Filipe Menezes, que acumula a presidência do PSD e da Câmara Municipal de Gaia, reconhece também que tem «uma vida desgastante» mas recusa queixar-se: «Tenho razões para estar feliz», diz.

PUB

Relacionados

Últimas