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Carolina: o que disse em tribunal

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Ex-companheira de Pinto da Costa disse ao juiz de Gondomar que testemunhou encontros para exigir árbitros e garante que Valentim Loureiro prometia «recompensas». Carolina prestou juramento em tribunal. Saiba tudo

Carolina Salgado revelou ao juiz de instrução do processo «Apito Dourado» que Pinto da Costa, Valentim Loureiro e o ex-presidente do Conselho de Arbitragem da Federação Portuguesa de Futebol, Pinto de Sousa, mantinham encontros frequentes no restaurante portuense «Degrau Chá», propriedade do autarca de Gondomar, porque sabiam que os respectivos telemóveis estavam sob escuta e assim «podiam falar mais tranquilamente».

De acordo com informações recolhidas pelo PortugalDiário, a antiga companheira do presidente do Futebol Clube do Porto (FCP) terá ainda acrescentando, durante o interrogatório no Tribunal de Gondomar, a 18 de Dezembro, que estas reuniões ocorriam «mais ou menos de 15 em 15 dias ou quando algum jogo, quer para o Porto quer para o Gondomar, não corria de feição».

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Durante estes encontros, a que Carolina afirma ter assistido, a ex-companheira do dirigente portista recorda-se de «ouvir por diversas vezes o arguido Valentim Loureiro dirigir-se ao arguido Pinto de Sousa e dizer-lhe ó Zé, vê lá isso, vê lá se falas com o gajo ou vê lá se escolhes o gajo para ajudar, tendo sempre em vista a presença do árbitro mais favorável para que pudesse ajudar o Gondomar a ganhar os respectivos jogos».

A antiga companheira de Pinto da Costa, que prestou juramento durante o interrogatório feito pelo juiz Pedro Miguel Vieira, referiu ainda uma conversa entre os arguidos na Sala VIP do estádio do Bessa, no Porto, em que Valentim Loureiro se mostrava «muito indignado pelo facto de o árbitro que apitara o jogo do Gondomar não ter alegadamente beneficiado ou ajudado de maneira a que o Gondomar pudesse ganhar o jogo».

No decurso das conversas a que assistiu, Carolina Salgado afirmou recordar-se de ouvir Valentim Loureiro referir ao arguido Pinto de Sousa «que depois os árbitros seriam recompensados com a oferta de presentes».

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Acrescentou, finalmente, que o arguido Pinto de Sousa «mostrava-se bastante subjugado ao arguido Valentim Loureiro, sendo incapaz em algum momento de lhe negar algum serviço ou de contrariar o que ele dissesse ou quisesse».

Contactada pelo PortugalDiário, a defesa de Valentim Loureiro confirmou ter sido notificada das declarações de Carolina Salgado, considerando-as «irrelevantes». O advogado Amílcar Fernandes acrescentou que ainda não decidiu qual a resposta a dar ao testemunho da antiga companheira do presidente portista.

Recorde-se que Valentim Loureiro está acusado de 26 crimes de corrupção activa em cumplicidade, no âmbito do processo que se encontra na fase de instrução no Tribunal de Gondomar. Pinto de Sousa está acusado por 26 crimes de corrupção passiva para acto ilícito.

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