Hoje, ouvimos o testemunho muito emotivo de uma jovem viúva com apenas 33 anos, que ficou com quatro filhos para criar, sendo que dois deles herdaram a doença rara e degenerativa do pai. Conheça esta história
Esta segunda-feira, no «Goucha», ouvimos a história de vida de Tânia, que com apenas 33 anos ficou viúva e com quatro filhos a seu encargo, sendo que dois deles são menores e portadores de uma doença rara e degenerativa, herdada do falecido pai. Começamos por ouvir a reportagem feita à nossa convidada, em que esta relata o dia fatídico da morte de Jorge: «O meu marido Jorge era portador da doença de Charcot-Marie-Tooth, que é uma doença degenerativa e rara. Ao saber que os dois filhos eram portadores da doença, sentiu-se culpado, frustrado (...) Recebi a notícia de que o Jorge tinha falecido num acidente de trabalho.. perdi o chão. Sabendo que naquele momento fiquei viúva com quatro dependentes e dois deles com problemas de saúde, é muito complicado», revela. Já em estúdio, a nossa convidada começa por nos contar quem era o seu marido, e não contém a emoção ao destacar as características do mesmo.
Depois, Tânia fala-nos da doença rara e degenerativa do marido e explica-nos como lidava com isso. Perda da sensibilidade e equilíbrio são algumas das características dessa condição de saúde: «Se lhe tocasse com um dedo, ele desequilibrava-se e caía... Ele tinha muita pouca sensibilidade nas mãos, nos pés ele já só tinha um dedo que sentia...». Questionada sobre se a doença poderia passar para os filhos, a nossa convidada recorda a gravidez do filho Gustavo, e revela que nunca chegou a mencionar a doença do marido aos médicos porque o casal fazia «uma vida normal», sendo que a doença não era algo impeditivo de nada.
No decorrer da entrevista, Tânia revela que o seu primeiro Gustavo foi diagnosticado com essa mesma doença herdada do pai e fala-nos da sua segunda gravidez, onde o medo já prevalecia. Ao recordar as palavras da família, Tânia partilha: «Já pensaste em abortar? Já tens um filho com problemas», mas esta revela que já tinha passado por um aborto e não iria fazê-lo novamente. Numa consulta de rotina com ambos os filhos, a nossa convidada recorda palavras da médica sobre a sua segunda filha: «A sua menina também é portadora». Perante esta informação, Tânia desabou e afirma: «Eu fiquei sem chão».
Na fase final da entrevista, a nossa convidada recorda a perda do marido, que caiu de uma altura de oito metros no seguimento de um acidente de trabalho, na Maia, e não contém a emoção ao recordar o momento em que recebeu a notícia. Tendo em conta a semana anterior do marido, esta achava que este «se tinha matado» porque não era normal ele «exprimir-se tanto», e explica o porquê: «Despediu-se de forma diferente (...) parecia que estava a preparar a morte», revela.
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