Já fez LIKE no TVI Notícias?

Carmona e Santana ouvidos

Relacionados

Presidente da Câmara de Lisboa «suspeito» no caso BragaParques

O presidente da Câmara de Lisboa, Carmona Rodrigues, e o seu antecessor, Pedro Santana Lopes, deverão ser chamados nas próximas semanas a depor no âmbito do processo «BragaParques», relativo à permuta de terrenos da Feira Popular e do Parque Mayer, entre a autarquia e a empresa de Braga.

A notícia foi avançada pelo «Público» e confirmada pelo PortugalDiário junto de fontes ligadas ao processo. As mesmas fontes adiantam que o autarca da capital «é suspeito», lembrando que o seu gabinete também foi alvo de buscas na passada terça-feira, mas que o seu estatuto processual (arguido ou outro) ainda não está definido.

PUB

As autoridades esperam primeiro ouvi-lo na medida em que possui elementos relativos ao negócio.

Os investigadores estão ainda interessados em ouvir os elementos que o anterior presidente da Câmara tem sobre o processo.

Em causa está a permuta de terrenos do Parque Mayer, propriedade da Bragaparques, e os terrenos municipais da Feira Popular, em Entrecampos, um negócio aprovado em Fevereiro de 2005 pela Assembleia Municipal de Lisboa, apenas com os votos contra da CDU.

A oposição denunciou a apresentação por parte da empresa nortenha de um estudo que sobrevalorizava os seus terrenos do Parque Mayer, tendo entretanto o vereador eleito pelo Bloco de Esquerda, José Sá Fernandes, apresentado uma avaliação de peritos independentes que apontava para um valor cinco vezes inferior ao indicado pela BragaParques.

Igualmente sob suspeita está a venda, em Julho de 2005, dos terrenos contíguos da Feira Popular à BragaParques, sendo que havia duas propostas melhores. A empresa bracarense passou a deter a totalidade dos terrenos, alegando um direito de preferência «muito discutível», segundo fontes ligadas ao processo.

PUB

O direito de preferência terá sido invocado «como elemento negocial», isto é, «como condição para a realização do negócio», sem que alguma vez a Assembleia Muncipal tivesse sobre ele deliberado, refere ao PortugalDiário uma fonte ligada ao processo.

São arguidos neste caso a auto-suspensa vereadora do Urbanismo da Câmara de Lisboa, Grabriela Seara, o director municipal dos Serviços Centrais, Jorge Remédio Pires, que presidiu à comissão de hasta pública de Julho de 2005.

Também o vice-presidente da autarquia lisboeta, Fontão de Carvalho, deverá ser constituído arguido nos próximos dias.

Em causa estarão neste processo crimes de participação económica em negócio, corrupção e tráfico de influências.

Contactada pelo PortugalDiário fonte ofical próxima de Carmona Rodrigues não quis prestar declarações.

PUB

Relacionados

Últimas